Metodologia japonesa em prevenção de desastres é destaque na programação do 9º SBCGG

O Projeto de Fortalecimento de Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (Projeto Gides) foi apresentado, na manhã desta terça-feira (24), durante a programação do 9º Simpósio Brasileiro de Cartografia Geotécnica e Ambiental (SBCGG), realizado no Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

O Gides se iniciou em setembro de 2013, com o termo de cooperação firmado entre a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).

A apresentação foi conduzida pelo chefe da equipe japonesa do projeto, Toshiya Takeshi, e traduzida simultaneamente por Ilze Maeda, também integrante da Jica. Conforme Takeshi, o projeto conta com envolvimento dos governos federal, estadual e municipal das cidades-piloto: Nova Friburgo, Petrópolis (RJ) e Blumenau (SC). “As tragédias nos municípios fluminenses, em 2011, foram o vetor principal para o início do projeto”, comentou.

Ao longo de aproximadamente um ano e meio de projeto, foram realizadas reuniões técnicas, e treinamento no Japão. Em 2014, houve capacitação de 38 técnicos naquele país. A contraparte brasileira consiste em 48 especialistas de diversas áreas. Estão previstos também a elaboração de manuais e condução de trabalhos de campo mais aprofundados até a conclusão do projeto, prevista para 2017

A metodologia japonesa apresentada consiste em verificar os riscos, mais especificamente de deslizamentos. Para Takeshi, são três as principais causas: rupturas de encostas íngremes (inclinação superior a 30 graus), fluxo de detritos e deslizamento.

“Mapeamos a área em duas cores: amarela e vermelha, em relação à periculosidade do local. Depois, as autoridades locais verificam quais providências tomar”, narrou o chefe da equipe nipônica. “Enquanto que os dois primeiros casos podem ser detectáveis pela análise morfológica do relevo, o deslizamento necessariamente deve ser detectado em pesquisas no campo”,

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fonte: UFMT