A Secretaria de Proteção e Defesa Civil começará a testar, nos próximos meses, a metodologia japonesa de mapeamento de risco em comunidades de Petrópolis. O objetivo é identificar as adequações necessárias para que a metodologia possa ser implantada no município. Os testes serão realizados por técnicos da Defesa Civil, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM-RJ). O anúncio foi feito nesta semana, em reunião técnica realizada no Rio de Janeiro, com a participação de mais de 60 especialistas em mapeamento de risco de órgãos federais, estaduais e das Defesas Civis de Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC). O secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, participou do evento.
A implantação da metodologia japonesa de mapeamento de risco no município faz parte da parceria de quatro anos entre o governo brasileiro e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) para a redução de desastres das chuvas em Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC). A parceria teve início no fim de 2013 e tem três eixos: mapeamento de risco, alertas antecipados e planejamento urbano. Ao fim da parceria, a Jica irá produzir manuais para esses três municípios sobre esses três eixos.
“O prefeito Rubens Bomtempo aposta muito nessa parceria com a Jica. Ele já determinou que a Secretaria de Proteção e Defesa Civil se coloque à disposição à Jica para garantir que essa parceria continue avançando, possibilitando que Petrópolis reduza cada vez mais os riscos de desastres das chuvas, com medidas de curto, médio e longo prazo”, disse o secretário Rafael Simão.
A metodologia japonesa que começará a ser testada em Petrópolis consiste em uma fórmula matemática que, a partir das características do solo e das construções da região, calcula a quantidade de terra que pode se deslocar por causa das chuvas e o alcance desse deslizamento.
“A metodologia japonesa segue normas, padrões, equações matemáticas, segue uma normatização, mas que deve ser adequada para Petrópolis. Temos um solo diferente, um padrão construtivo diferente”, disse o diretor técnico da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, engenheiro Ricardo Branco.
Ricardo Branco e o geólogo Yuri Garin foram ao Japão em 2014 aprender essa metodologia. Já em 2015, entre fevereiro e março, o engenheiro japonês Yoichi Miki, consultor da Jica, veio ao Brasil ministrar novo curso sobre o assunto, e os dois técnicos da Defesa Civil participaram. No último mês, Branco e Garin ministraram o mesmo curso em Petrópolis para técnicos da Secretaria de Proteção e Defesa Civil. O evento desta semana no Rio foi coordenado pelo engenheiro japonês Miki.
fonte: Prefeitura de Petrópolis