Técnicos da Defesa Civil estarão no curso, que será realizado em Friburgo. Encontro será em fevereiro e ministrado pelo engenheiro Yoichi Miki.
Um geólogo e um engenheiro da Defesa Civil de Petrópolis, Região Serrana do Rio, vão participar de um curso sobre mapeamento de risco que será ministrado pelo engenheiro japonês Yoichi Miki, consultor da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). O curso, que será realizado durante duas semanas de fevereiro na cidade de Nova Friburgo, é voltado para técnicos brasileiros. A ação faz parte da parceria de quatro anos, iniciada no fim de 2013, entre o governo brasileiro e o Japão para a prevenção de desastres das chuvas nas duas cidades serranas e também em Blumenau (SC).
O curso é uma continuidade da visita ao Japão em 2014 feita pelo diretor técnico da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, o engenheiro Ricardo Branco, e pelo geólogo Yuri Garin, também da Defesa Civil. No país, eles aprenderam a metodologia usada pelos japoneses para definir as áreas de risco e de alto risco de serem atingidas por deslizamentos.Ministrado pelo engenheiro japonês Yoichi Miki, consultor da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), o curso foi dirigido a técnicos brasileiros que atuam na prevenção de desastres das chuvas nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis e em Blumenau (SC) que integram o Projeto Gides. A delegação da JICA foi ainda composta pelo chefe da equipe japonesa, Toshiya Takeshi, e pelo especialista em gestão de desastres de sedimentos, Takao Hori.
Essa metodologia consiste em uma fórmula matemática que, a partir das características do solo e das construções da região, calcula a quantidade de terra que pode se deslocar por causa das chuvas e o alcance desse deslizamento.
“No Japão, fizemos um treinamento, em sala e em campo, para aprender a metodologia. Nós calculamos as áreas de risco e de alto risco de algumas localidades do Japão e depois confrontamos com os resultados que eles já tinham. A teoria, nós aprendemos no Japão. Agora vamos trazer essa teoria para a realidade brasileira. Apesar das equações serem as mesmas, os parâmetros são diferentes. Então, agora em fevereiro, vamos usar essa metodologia com nossos dados, levando em conta o tipo de solo que temos aqui e o nosso padrão construtivo”, disse Ricardo Branco.
No Japão, os técnicos da Defesa Civil viram que, nas áreas apontadas como sendo de alto risco, é permitida a existência de casas, desde que os proprietários realizem intervenções estruturais para proteger as moradias de deslizamentos.
Além dos técnicos da Defesa Civil de Petrópolis, participarão do curso em fevereiro técnicos de Nova Friburgo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Serviço Geológico do Estado do Rio (DRM).
fonte: Portal G1